CLÍNICA


PATOLOGIAS OCULARES


                                    Previna o glaucoma





A partir dos 60 anos, deve fazer testes oculares todos os anos. Saiba porquê

O glaucoma é a segunda maior causa de cegueira. A maioria dos casos são gerados por um aumento da pressão ocular, que lesiona o nervo óptico, gerando uma perda de visão gradual.

O risco de sofrer de glaucoma aumenta com o passar dos anos e daí a importância de realizar testes oculares de dois em dois anos, a partir dos 40 anos de idade, e de ano a ano, a partir dos 60.

Os especialistas recomendam ainda consultar o médico caso note alguma alteração na visão.




      RETINOSE PIGMENTAR OU RETINITE PIGMENTOSA






A retinose pigmentar é uma doença da retina degenerativa hereditária rara caracterizada pela degeneração dos bastonetes (as células que permitem a visão com pouca luz) e às vezes também dos cones (as células que detectam as cores e os pormenores). Os sintomas iniciam-se normalmente na adolescência ou no início da idade adulta, mas podem ocorrer na infância. O primeiro sinal é cegueira nocturna — a dificuldade em ver com pouca luz. Depois dá-se uma deterioração progressiva da visão periférica: pela meia-idade, a visão central também está danificada. Apesar de a retinose pigmentar normalmente não causar cegueira total, a perda de visão é permanente.

CAUSAS
Esta doença é causada pela mutação de vários genes. Os danos causados pelos radicais livres podem aumentar os problemas resultantes das mutações genéticas. A retinose pigmentar pode surgir sozinha ou associada a outras doenças hereditárias.
É mais comum nas pessoas do sexo masculino porque uma das formas hereditárias é causada por um gene recessivo do cromossoma X. Os homens herdam um cromossoma X da mãe e um Y do pai, enquanto as mulheres herdam dois cromossomas X. Desta forma, os indivíduos do sexo masculino só necessitam de herdar um gene recessivo para que isso seja expresso em retinose pigmentar, enquanto os do sexo feminino necessitam de ter os dois genes recessivos.

PREVENÇÃO
Não há forma de prevenir a retinose pigmentar. Contudo, os suplementos antioxidantes podem abrandar o desenvolvimento da doença reduzindo os problemas causados pelos radicais livres na retina.

DIAGNÓSTICO
Um oftalmologista pode diagnosticar a retinose pigmentar observando pontos escuros na retina. Para além de um exame oftalmológico exaustivo, podem ser necessários alguns testes especializados, incluindo uma ecografia ocular.

TRATAMENTOS
Não há cura, mas existem estratégias que podem abrandar a progressão da doença. São recomendadas consultas regulares ao oftalmologista para monitorizar qualquer desenvolvimento de cataratas ou edema da retina.

Suplementos. Suplementos de vitamina A ajudam a atrasar a diminuição da visão em pessoas com retinose pigmentar. Outros suplementos antioxidantes, como doses altas de vitamina E, não se revelaram eficazes e podem, de facto, ser prejudiciais.
Ambiente Físico. Usar óculos de sol que protegem contra todo o espectro dos raios ultravioletas pode ajudar a atrasar a doença.





CATARATAS


As cataratas constituem uma patologia dos olhos que consiste na opacidade parcial ou total do cristalino ou da cápsula. Há vários factores que a desencadeiam, tanto em seres humanos como também em animais. No senso comum é conhecida como um embaciamento ou perda de transparência visual lenta e progressiva que pode levar a cegueira ou visão anormal. É uma doença conhecida há milhares de anos e sua cirurgia já é realizada há séculos.





   O QUE É - EXPLICAÇÃO CIENTÍFICA

Hoje, a catarata é definida como uma opacidade do cristalino, que altera ou bloqueia a passagem dos raios de luz em direcção à retina, interferindo por conseguinte com a visão. O cristalino do olho é normalmente uma lente transparente, que se situa exactamente atrás da íris (membrana colorida) e da pupila. A lente focaliza a luz na retina, a membrana sensível a luz na parte traseira do olho que converte impulsos luminosos em sinais nervosos para produzir imagens visuais desobstruídas. A catarata não é uma película que cresce em frente do cristalino, mas é como que um embaciamento do mesmo. Quando se inicia a perda da transparência do cristalino, produzem-se alterações físicas e químicas que são a causa da catarata. As cataratas não aumentam o seu volume, nem são contagiosas. O turvar da lente pode formar-se em qualquer idade mas aparece mais frequentemente em pessoas com mais de 40 anos. 
  

   SINTOMAS

Uma vez que a maioria das cataratas associadas com o envelhecimento se desenvolvem lentamente, muitos pacientes não notam a sua perda visual até que se torne severa. Assim, o reconhecimento dos primeiros sintomas da catarata depende de alguns dados relativos ao paciente tais como, idade, profissão, e necessidades visuais.
Em geral, todos os tipos de catarata se podem considerar uma “névoa”, ou “opacidade” da visão. Os sintomas dependem sobretudo da localização da opacidade no cristalino. Por vezes, a leitura pode até tornar-se mais fácil para a pessoa que tem catarata em início, a qual pode verificar que consegue ler sem óculos. No entanto, a visão à distância começará a decrescer.

Generalizando, os sintomas mais frequentes das cataratas são:
isão turva ou esbatida, indolor;
  • Vista chorosa;
  • Aumento da sensibilidade à luz;
  • Visão dupla num olho;
  • Baixa visão nocturna;
  • Percepção menos viva das cores;
  • Mudanças frequentes na graduação ocular;
  • Cor da pupila, normalmente preta, amarelada ou esbranquiçada. 

   CAUSAS 

É possível ter boa visão com cataratas desde que estas não afectem o eixo central visual e, ao contrário do que se possa pensar, as cataratas não são causadas nem agravadas pela leitura, costura, ou por ver filmes e televisão.
Existem, no entanto, várias causas diferentes de cataratas. A maioria das cataratas são causadas por uma mudança na composição química da lente. Numa percentagem pequena dos casos, as mudanças químicas são causadas por um defeito hereditário, por trauma do olho, por diabetes, uso de drogas,...

Precisamente porque as cataratas ocorrem com a idade pensa-se que as radiações ultravioleta tenham um papel importante na mudança química da lente responsável pela maioria das cataratas.

   Em função da sua origem, é possível classificar a catarata em 4 tipos:

Catarata Senil - é a mais comum e está relacionada com o processo de envelhecimento natural e consequente degenerescência do cristalino, sendo que raramente surge antes dos 60 anos.

Catarata Congénita - é hereditária ou surge devido a algumas infecções que a mãe teve durante a gravidez, como a rubóla ou sarampo, por exemplo.

Catarata Traumática - provocada por traumatismo ocular.

Catarata Secundária - surge como consequência duma patologia prévia ocular, tal como a miopia por exemplo, ou extra ocular, como diabetes, doenças imunológicas ou até uso de algumas drogas, entre outros factores.

 normal/catarata


    TRATAMENTO

Algumas cataratas permanecem pequenas e nunca necessitam de tratamento, enquanto que outras crescem mais rapidamente e tornam-se progressivamente maiores. O único tratamento eficaz da catarata é a sua remoção através da implantação de uma lente intra-ocular, não estando comprovado qualquer efeito eficaz no uso de exercício, colírios anti-cataratas, suplementos dietéticos ou outros.
Implantar uma lente intra-ocular artificial é geralmente a melhor solução porque o implante é colocado aproximadamente na posição original da lente natural removida. A visão é restaurada com boa percepção periférica e de profundidade, com ampliação e distorção mínimas.

Lentes intra-oculares permanecem no lugar, não requerendo nenhuma manutenção ou manipulação, e não é notada pelo paciente nem visualizada por terceiros. Óculos para a visão próxima ou distante pode ainda ser requeridos, mas lentes grossas não são necessárias. Actualmente a cirurgia da catarata é altamente eficaz e eficiente. Cerca de 98% dos doentes recupera uma boa visão.

No entanto, nem todas as cataratas se tornam progressivamente piores. Muitas são estacionárias e nunca precisam de cirurgia. Se a catarata estiver desviada do centro do cristalino, a visão não está seriamente comprometida, e uns óculos apropriados poderão ser prescritos, os quais darão uma acuidade visual adequada. Ocasionalmente, quando a catarata é pequena e central, podem ser prescritas umas gotas, que vão manter a pupila dilatada, e permitir que a pessoa consiga ver pela periferia do cristalino, retardando assim a necessidade de cirurgia. A presença da catarata não é, por si só, uma indicação para cirurgia.

À medida que a ciência médica aumenta a esperança de vida, a catarata tornar-se-à um problema para um número cada vez maior de pessoas até que, através da investigação, se descubra a maneira mais eficaz de prevenir este tipo de catarata.


anatomia do olho

DESCOLAMENTO DE RETINA


 


CAUSAS
A retina, a camada interna do olho sobre a qual são projectados os estímulos luminosos provenientes do exterior, a partir dos quais o cérebro elabora posteriormente as imagens, é formada por duas unidades: a retina pigmentar ou sensorial, onde se encontram os fotorreceptores e contígua à coróide (camada média do globo ocular), e a retina neural, onde se encontram as células cujos prolongamentos constituem o nervo óptico, sobreposta à anterior e em íntimo contacto com o humor vítreo (substância gelatinosa que ocupa a maioria do globo ocular). Todavia, mesmo que a retina pigmentar e a neural se encontrem contíguas entre si, apenas estão realmente unidas ao longo de uma linha circular situada na parte anterior do olho, a ora serrata, já que entre ambas existe um espaço virtual, que apenas é real em caso de descolamento da retina.
A separação de ambas as camadas da retina é provocada pela desunião da retina, ou seja, por uma ruptura na superfície da retina. Essa ruptura costuma ser invadida pelo humor vítreo, cuja entrada provoca o progressivo descolamento da retina neural até que, nos casos mais graves, apenas fique unida à retina pigmentar na zona da ora serrata e na papila óptica, por onde sai o nervo óptico. Embora o descolamento da retina costume ser provocado por um traumatismo violento na cabeça ou na face, também pode surgir sem que exista qualquer golpe prévio, devido a alterações do humor vítreo, que provoquem a formação de aderências, as quais exercem tracção sobre a superfície da retina. Apesar de o descolamento da retina poder afectar qualquer pessoa, as pessoas com uma miopia elevada estão particularmente expostas, devido ao facto de apresentarem globos oculares de maiores dimensões e uma retina fina e frágil. Um outro factor de predisposição para este problema é a ausência de cristalino, extraído durante um tratamento da catarata.


MANIFESTAÇÕES DE EVOLUÇÃO
O descolamento da retina costu-ma evidenciar-se de forma repentina e é absolutamente indolor, já que a sua principal manifestação corresponde à súbita perda de parte do campo visual ou até à cegueira total do olho afectado, caso a separação da retina neural seja total. Em alguns casos, o descolamento é precedido por fotopsias, clarões luminosos semelhantes a relâmpagos ou faíscas, provocadas pela estimulação das células fotossensíveis da zona desunida. Podem ainda surgir pontos escuros, que se deslocam pelo campo visual, denominados "moscas voadoras, correspondentes à presença de partículas sólidas ou hemorragias no humor vítreo. Embora com menos frequência, nos momentos precedentes ao descolamento, a visão pode ficar turva. Independentemente de ser precedido pelos sinais e sintomas descritos, o momento do descolamento da retina caracteriza-se pela perda de campo visual, como se tivessem colocado uma cortina escura ou baixado o pano de fundo à frente do olho afectado. Esta mancha escura vai-se estendendo, sobretudo com os movimentos da cabeça: caso se produza na parte superior, parece que o pano escuro vai descendo; caso se situe na parte inferior, vai subindo; caso esteja num lado, vai-se movendo para o outro. Por vezes, parece que a visão melhora temporariamente, mas se não for devidamente tratado, o descolamento vai progredindo até ser total, embora por vezes passem semanas até que esta situação aconteça, provocando uma perda completa da visão que, se não for imediatamente tratada, pode tornar-se definitiva.


TRATAMENTO
Embora o tratamento do descolamento da retina se baseie na cirurgia, existem várias técnicas para se tentar aproximar a retina neural separada da camada subjacente e, posteriormente, "soldar" o tecido da retina à coróide, através da aplicação de calor, por exemplo com laser ou com crioterapia Em alguns casos, pode-se pressionar o globo ocular a partir do exterior, com um dispositivo de silicone que deforme a esclerótica e faça com que a coróide se aproxime da retina, para depois se proceder à aplicação de laser ou crioterapia. Por outro lado, noutros casos, é necessário recorrer à cirurgia intra-ocular, mediante a prática de uma incisão na parte posterior do globo ocular, de modo a empurrar a retina contra a coróide e, depois, soldar a ruptura.
Embora algumas intervenções possam ser realizadas sob anestesia local, na maioria dos casos, é necessário anestesia geral.
Após a operação, é preciso manter ambos os olhos vendados durante algum tempo, para garantir um repouso absoluto do olho afectado. Depois de se retirar a ligadura e enquanto durar a convalescença, é recomendável a utilização de óculos escuros e evitar a realização de exercícios bruscos ou o levantamento de objectos pesados durante um certo período de tempo. O resultado da intervenção depende da precocidade com que é efectuada - - caso se actue a tempo, pode-se obter a recuperação total da visão.






GLAUCOMA

O QUE É O GLAUCOMA ?
- É uma doença ocular grave e uma das principais causas de cegueira, em todo o mundo. É uma doença do nervo óptico, na  qual este é afectado e destruído progressiva e lentamente, consequência do aumento da pressão intraocular.
É uma doença que afecta a visão, podendo causar cegueira , se não for diagnosticada e tratada convenientemente .

O QUE CAUSA O AUMENTO DA PRESSÃO INTRAOCULAR?
- Dentro do olho existe um líquido, chamado humor aquoso . É produzido no interior do olho e sai do olho, contribuindo para manter a forma e o tónus do globo ocular .
O aumento da pressão intraocular é causado por uma acumulação desse mesmo humor aquoso, resultado ou da obstrução ao escoamento ou por aumento da sua produção .

QUE CONSEQUÊNCIAS TEM O AUMENTO DA PRESSÃO INTRAOCULAR?
- Quando não é diagnosticado ou tratado, provoca uma destruição progressiva e lenta do nervo óptico…que evolui para a cegueira, se não tratado! O aumento da pressão intraocular vai dificultar e bloquear a irrigação das fibras nervosas, que compõem o nervo óptico, levando á sua morte.

O GLAUCOMA É MUITO FREQUENTE?
- Aos 40 anos, 1 em cada 100 pessoas tem alguma forma de glaucoma e aos 70 anos, 1 em cada 10 pessoas tem alguma forma de glaucoma .

EM QUE IDADE SURGE?
- Pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais frequente após os 30 anos de idade . Quando há uma história de glaucoma na família, o risco de vir a ter a doença aumenta consideravelmente.

QUE TIPOS DE GLAUCOMA EXISTEM?
- A forma mais comum é o glaucoma crónico de ângulo aberto, com cerca de 90% dos casos . É uma forma lenta e progressiva, que não dá sintomas habitualmente . O aumento da pressão intraocular é resultado sobretudo do aumento da dificuldade de escoamento do olho, mas também do aumento de produção do humor aquoso .
O glaucoma agudo de ângulo fechado é uma situação rara, grave e que dá sintomas como, dor ocular, olho vermelho, diminuição de visão e vómitos . É uma urgência oftalmológica .
O glaucoma congénito, é raro.
O glaucoma secundário é resultante de doenças sistémicas ou oculares e medicamentos

QUAIS SÃO OS SINTOMAS DO GLAUCOMA?
- Geralmente, não dá sintomas. Tem uma progressão lenta, podendo levar meses ou anos até que surja o estreitamento dos campos visuais (perda de visão lateral). Nesse estádio, habitualmente, já existe uma lesão grave e irreversível do nervo óptico.

HIPERTENSÃO OCULAR É IGUAL A GLAUCOMA?
- Não! Ocorre hipertensão ocular apenas, sem que exista glaucoma, se ocorrer um aumento da pressão intraocular e o nervo óptico e os campos visuais estiverem normais.
Além disso, pode ocorrer também o glaucoma com tensão ocular normal.

QUEM TEM RISCO DE TER GLAUCOMA?
 Ter…………
-  mais de 45 anos de idade
- história familiar
- diabetes
- miopia
- enxaquecas frequentes
- hipertensão arterial sistémica e hipotensão arterial sistémica
- tomar medicamentos (corticoides)
- raça negra

A TENSÃO INTRAOCULAR É A MESMA SEMPRE AO LONGO DO DIA?
- Varia! É mais elevada de manhã. Mas estas variações fisiológicas, só por si, não causam lesões oculares.

QUAL É O PROGNÓSTICO DO GLAUCOMA?
- Depende sobretudo se é detectado precocemente ou não.

QUAL É O TRATAMENTO?
- Não há cura para o glaucoma . Mas existe tratamento que visa estacionar a evolução da doença.
Podem ser utilizados :
medicamentos
 colírios (gotas oculares ), para diminuir a tensão intraocular.
 comprimidos para diminuir a tensão intraocular
tratamento laser
cirurgia

O QUE É IMPORTANTE VIGIAR NO DOENTE COM GLAUCOMA?
- O exame do fundo do olho
- a medição da tensão intraocular
- alterações dos campos visuais
- a diminuição  média da espessura das fibras nervosas  

O QUE É IMPORTANTE RETER NO GLAUCOMA?
- É importante detectar e diagnosticar a doença glaucoma o mais precocemente possível, de modo a poder ser iniciado o tratamento.
- É uma doença silenciosa e grave…..logo há que efectuar exames oculares regulares .

Retinopatia Diabética



 A retinopatia diabética surge das lesões vasculares retinianas específicas da diabetes que leva a uma diminuição da visão.

Cerca de 40% dos diabéticos desenvolvem Retinopatia, sendo esta a principal causa de cegueira em menores de 60 anos.


Um diabético deve fazer consultas regulares para que as alterações iniciais da retinopatia diabética sejam detectadas através de controlos oftalmológicos. Por vezes pode ser necessário o tratamento com LASER.

Deve ainda este estar ciente que a melhor prevenção é através de um maior cuidado com a saúde em conjunto com um regime de vida que permita o controle da doença.

Os problemas visuais tomam dimensões superiores quando chega o momento do auto controle do doente. A visão central deficiente impede de ver os equipamentos mais pequenos tais como a seringa ou a bula dos medicamentos. As alterações na sensibilidade cromática são também muito frequentes. Nesta fase os filtros e as ajudas visuais tornam-se de grande utilidade.

Alterações na acuidade visual provocadas por flutuações amplas de glucose no sangue são frequentes, sobretudo nos jovens.

 






PROBLEMAS REFRACTIVOS



Hipermetropia




Miopia


Astigmatismo